quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tron: Legacy (2010)

Acabei de ver: Tron: Legacy (2010)


Estava difícil escrever umas linhas sobre este novo episódio Tron, já que este "acabei de ver" já foi visto na outra semana dia 13 de Janeiro!

E digo desde logo que fiquei um pouco desiludido! Tron Legacy era o filme mais esperado do ano por qualquer "Geek". A expectativa de ver a rede e a realidade virtual de Tron Legacy era grande. Depois é um filme de grande orçamento, amplamente divulgado pela Disney, e a continuação de um verdadeiro filme de culto que foi o original em 1982.

Devo também dizer que pouco me lembro do filme original e que antes de assistir a esta sequela também não tive grande interesse em rever o Tron original. Pois hoje em dia é já um filme perfeitamente datado nos efeitos especiais, e um exemplo de como existem filmes que envelhecem muito mal.

Tron Legacy marca a estreia na realização de Joseph Kosinski e têm em Jeff Bridges e Garrett Hedlund às personagens principais. São o pai e filho respectivamente e a historia do filme passa pelo reencontro do filho no mundo digital onde o seu pai se encontra preso há cerca de 20 anos!


Nos papeis secundários temos nomes como a Oliva Wilde, a Beau Garret, o Michael Sheen e o Bruce Boxleitner... Tudo personagens muito secundárias já que mesmo a rapariga "geek" do filme, a Quorra (Olivia Wilde) têm muito poucas cenas e muito poucos minutos de presença.

O argumento do filme cumpre perfeitamente, assim como os efeitos especiais que certamente já meio mundo saberia que iam ser fantásticos e que ao contrário do original vão lançar este filme no infinito. A musica e a banda sonora a cargo dos Daft Punk é fabulosa e parece colada ao espectacular ambiente visual do filme.

Na primeira parte do filme com o combate dos discos e especialmente a cena das motos naquele ambiente nocturno deixou-me completamente maravilhado. E antes disso mesmo o filme também começa muito bem abordando uns conceitos muito actuais do software e do "roubo" digital.

Já na segunda parte o filme continua muito bem com o Michael Sheen no seu bailado de bengala num bar e numa cena a fazer lembrar de todo o Matrix Reloaded e às personagens Persephone e Merovingian. Aqui a presença feminina esta a cargo da belíssima Beau Garrett!

A partir da cena do bar começa então a desilusão... Aquela fuga voadora é visualmente mais fraca e bastante confusa e sem elaboração técnica quando comparada com às motos. Eu gosto de pensar que o melhor guarda-se sempre para o fim e neste filme tão dispendioso nada disso acontece...


Depois e vamos lá a ver... se já se previa que eles iam cumprir com os efeitos especiais, parece-me e tenho a certeza que o grande desafio deste filme era a personagem Clu. Digitalmente criar um Jeff Bridges com cara de 35 anos era desafiante e quanto a mim eles falharam redondamente.

Clu é uma nulidade em termos de emoções faciais e humanas, assim que abre a boca é um boneco artificial completo. Simplesmente não percebo porque é que tomaram este caminho. Mesmo se o programa era já antigo na historia do filme, é claro que existem sempre às actualizações de software mesmo virtuais... OK. Caso mesmo para perguntar se os técnicos não viram às caras Na'vi do ano passado ?

Não é que não tenha gostado de ver o filme, mas os 30 a 40 minutos finais são muito fracos para um filme de bilheteiras como este. Um Clu muito presente, o 3D não se dá por ele, e a fuga aérea já esta mais que esquecida. A somar a isto uma patética explosão a lá Dragon Ball entre o Clu e o Flynn e em cima de tudo isto fazem-me um final como estou farto de ver em filmes de vampiros e etc... :(

Soube a pouco, muito pouco...

5 comentários:

  1. Apesar de envelhecer mal, tenho alguma curiosidade em ver o antigo, para poder ver este :P

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  2. Também já vi Tron Legacy há duas semanas e ainda não terminei a critica...ainda o estou a digerir, não foi o que estava à espera mas acho que vai "melhorar" com uma revisão

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  3. Acredito que tenha sabido a pouco. Ainda não o vi e tenho medo que, como tu, espere que o melhor está para o final e tal não aconteça.
    Frank and Hall's Stuff

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  4. Gostei do Tron Legacy e especialmente do impacto que a banda-sonora dos Daft Punk tem no feeling do filme. Visualmente vistoso a todos os níveis, constituindo um avanço gigantesco para o original de 1982. Contudo, acho que o de 1982 é mais genuíno e com maior lógica. Por exemplo, acho que no legacy não senti emoção alguma pelas corridas de motas, coisa que no original é mais vibrante.
    Um dia destes pode ser que até escreva sobre os dois filmes...
    Ah... gostei imenso das duas beldades cibernéticas do mundo de Tron! (neste detalhe é que foi um valente upgrade!)

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  5. Gostei do Tron legacy. Achei-o inspirador, dentro do que é como filme apesar de que podia ser ainda melhor. Se melhor elaborado teria sido um digno variante da saga Matrix.
    Os jogos do inicio não são tão acutilantes como foram no filme original. Principalmente as corridas de motos parece que desta vez não era muito claro em termos de regras.
    O maior upgrade recai ainda nos dois pricipais elementos femininos, pois o antigo não tinha nada assim tão vistoso.

    O melhor do filme é a banda-sonora dos Daft Punk (que até fazem um cameo no filme). É a OST que dá todo o feeling ao filme.

    Mesmo assim continuo a achar que o original era, apesar de mais ingénuo bastante mais lógico e pertinente que este, só que sem o apuramento visual que hoje se consegue tão bem fazer (e daí que o ar mais tosco torna o antigo ainda mais interessante pelo desafio que foi na altura).

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