Estava difícil escrever umas linhas sobre este novo episódio Tron, já que este "acabei de ver" já foi visto na outra semana dia 13 de Janeiro!
E digo desde logo que fiquei um pouco desiludido! Tron Legacy era o filme mais esperado do ano por qualquer "Geek". A expectativa de ver a rede e a realidade virtual de Tron Legacy era grande. Depois é um filme de grande orçamento, amplamente divulgado pela Disney, e a continuação de um verdadeiro filme de culto que foi o original em 1982.
Devo também dizer que pouco me lembro do filme original e que antes de assistir a esta sequela também não tive grande interesse em rever o Tron original. Pois hoje em dia é já um filme perfeitamente datado nos efeitos especiais, e um exemplo de como existem filmes que envelhecem muito mal.
Tron Legacy marca a estreia na realização de
Joseph Kosinski e têm em
Jeff Bridges e
Garrett Hedlund às personagens principais. São o pai e filho respectivamente e a historia do filme passa pelo reencontro do filho no mundo digital onde o seu pai se encontra preso há cerca de 20 anos!
Nos papeis secundários temos nomes como a Oliva Wilde, a Beau Garret, o Michael Sheen e o Bruce Boxleitner... Tudo personagens muito secundárias já que mesmo a rapariga "geek" do filme, a Quorra (Olivia Wilde) têm muito poucas cenas e muito poucos minutos de presença.
O argumento do filme cumpre perfeitamente, assim como os efeitos especiais que certamente já meio mundo saberia que iam ser fantásticos e que ao contrário do original vão lançar este filme no infinito. A musica e a banda sonora a cargo dos Daft Punk é fabulosa e parece colada ao espectacular ambiente visual do filme.
Na primeira parte do filme com o combate dos discos e especialmente a cena das motos naquele ambiente nocturno deixou-me completamente maravilhado. E antes disso mesmo o filme também começa muito bem abordando uns conceitos muito actuais do software e do "roubo" digital.
Já na segunda parte o filme continua muito bem com o Michael Sheen no seu bailado de bengala num bar e numa cena a fazer lembrar de todo o Matrix Reloaded e às personagens Persephone e Merovingian. Aqui a presença feminina esta a cargo da belíssima Beau Garrett!
A partir da cena do bar começa então a desilusão... Aquela fuga voadora é visualmente mais fraca e bastante confusa e sem elaboração técnica quando comparada com às motos. Eu gosto de pensar que o melhor guarda-se sempre para o fim e neste filme tão dispendioso nada disso acontece...
Depois e vamos lá a ver... se já se previa que eles iam cumprir com os efeitos especiais, parece-me e tenho a certeza que o grande desafio deste filme era a personagem Clu. Digitalmente criar um Jeff Bridges com cara de 35 anos era desafiante e quanto a mim eles falharam redondamente.
Clu é uma nulidade em termos de emoções faciais e humanas, assim que abre a boca é um boneco artificial completo. Simplesmente não percebo porque é que tomaram este caminho. Mesmo se o programa era já antigo na historia do filme, é claro que existem sempre às actualizações de software mesmo virtuais... OK. Caso mesmo para perguntar se os técnicos não viram às caras Na'vi do ano passado ?
Não é que não tenha gostado de ver o filme, mas os 30 a 40 minutos finais são muito fracos para um filme de bilheteiras como este. Um Clu muito presente, o 3D não se dá por ele, e a fuga aérea já esta mais que esquecida. A somar a isto uma patética explosão a lá Dragon Ball entre o Clu e o Flynn e em cima de tudo isto fazem-me um final como estou farto de ver em filmes de vampiros e etc... :(
Soube a pouco, muito pouco...